Relato de experiências com leitura e escrita


Darsone Aparecida Regovige Duarte:


O primeiro contato que tive com a leitura foi muito marcante, pois meu pai não era alfabetizado, porém tinha uma habilidade em contar estórias e ele as inventava e eu achava maravilhoso ficar escutando ele contar, fantasiava tudo que ele narrava em meus pensamentos, com isso eu também contava estórias para meus filhos quando eram pequenos e faço isso até hoje com minha afilhada que adora ouvir essas estórias que herdei de meu pai.

Nos primeiros anos de escola comecei a escrita e a leitura com a “Cartilha Caminho Suave”, foi através dela que comecei a ler e a escrever. No ensino fundamental tive contato com livros de literatura, os que mais me marcaram foram: “O Guarani” e “Iracema” de José de Alencar, foi através destes livros que comecei a tomar gosto pela literatura brasileira.

Quando dei aula na escola EE “Prof. Carlos Augusto de Camargo”, de Piedade/SP, participei do projeto denominado “Projeto Convulsivo – Sinódico”, onde no começo do ano era escolhido um livro como tema daquele ano para esse projeto. Os alunos e professores liam o mesmo, e no começo do 4° bimestre começavam os preparativos para a semana de exposição dos trabalhos, os alunos se dividiam em oficinas de cada disciplina, estes podiam participar de mais de uma oficina se quisesse, e então para fazer a montagem dos projetos pertinentes a cada matéria envolvendo o tema do livro com o auxilio dos professores, lembro-me do livro que li para o projeto que foi: “Dom Quixote de La Mancha” de Miguel de Cervantes. Durante esse mês o muro da escola era pintado pelos alunos com auxilio do professor e na semana do projeto os alunos faziam apresentações de teatro, danças, músicas, exposições das salas que os alunos confeccionavam, etc. O projeto era divulgado através da equipe gestora da escola, alunos e professores, para que outras escolas e a comunidade viessem prestigiar o evento. Lembro-me que os alunos dedicavam-se muito a esse projeto, além de educativo e interdisciplinar, era um projeto gostoso de participar e onde aluno/professor se interagiam de uma forma que eu não havia visto em outras escolas.


Existe uma frase de Dom Quixote de La Mancha, que acredito que se encaixe para o nosso curso e a para o futuro da educação: “Quando se sonha sozinho é apenas um sonho. Quando se sonha juntos é o começo da realidade.”






Aparecida de Campos de Oliveira:

Desde adolescente gostei muito de escrever e por sua vez também ler. Mas o que realmente aconteceu é que fiquei injuriada de ter que ler Dom Casmurro, ordem da professora, não entendi e até hoje não entendo aquele livro, isso me deixou frustrada por algum tempo; ainda bem que passou. Na verdade o que me marcou foi a leitura que fiz  para o meu diretor Vicente Cafisso , na escola Senador José Ermirio de Moraes, como exame final de primeiro ano, eu me sentia muito orgulhosa daquele momento mesmo estando com medo, me lembro até hoje que a minha nota foi 86.

Que alegria, parece uma besteira, no entanto para mim foi o maior presente. Outra coisa que lembro é que meu pai não deixava eu ler gibi, pois tinha que estudar, ao contrário de hoje que incentivamos nossos alunos a lerem gibis o que torna mais gostoso o aprendizado. O que estou lembrando é que um tempo atrás li Os miseráveis e passado uns dois anos vendo um filme que já estava em andamento sem ver seu nome, eu olhava e parecia já ter visto aquela cena do roubo dos castiçais e talheres de prata, lógico me lembrei imediatamente do livro, foi muito legal e o assisti até o fim. 

Vou parando por aqui, senão não paro de escrever, gostei de relatar algumas de minhas memórias, ah! estou terminando de ler A menina que roubava livros e já estou com o livro O diabo dos números para devorá-lo na leitura. 




Cristiane Antunes Vieira Coelho Maeda:

Eu aprendi a ler bem cedo. Minha mãe é professora primária aposentada e eu me lembro que ela me ensinava a leitura em revistas, jornais, fazia eu ler as placas nas estradas, nomes das lojas, etc. Entrei na escola logo que completei 6 anos ( sou de dezembro) direto na 1ª série (sem pré escola). A leitura estava ótima, mas a escrita!!!! Lembro que eu era a mais vagarosa e tinha uma letra gigante!!! Sempre recebi muito estímulo de minha mãe e meu pai que devorava o jornal " O Estado de São Paulo". Quando queria saber uma informação e perguntava a ele, respondia :" Vai ler o jornal, estudante tem que estar atualizado !" (Naquela época não existia o sabichão do google!!) Me lembro do primeiro livro : " As Aventuras do cachorrinho Samba na floresta" ( D. Rita , 5ª série). Ler sempre é muito bom...Li recentemente  dois livros de Augusto Cury - "O vendedor de Sonhos"(emprestados de alunas) e me surpreendi com a minha "rapidez", pois confesso que andava meio devagar com as leituras.Gostei e recomendo.
Já escrever, penso que é bem mais complicado. Parece que eu nunca me contento com o que escrevo e acho que não está bom. Vou seguir o conselho da Rosane, minha amiga, escrever sem medo ou vergonha de errar ....




Emerson Cristian Pedroso:


A minha experiência com leitura começou na antiga 5ª Série, comecei lendo aquelas coleções vaga-lume, que por sinal eu gostava muito, mas o que eu não me esqueço é quando eu ia à tarde à casa de minha avó, que mal sabia ler, e ela começava a contar aquelas estórias que são passadas de gerações para gerações, quantas saudades.




Um comentário:

  1. Parabéns!
    O blog ficou bonito, com as postagens exigidas pelo curso e muito mais.
    Os integrantes estão articulados e participando.
    Eliã.

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